terça-feira, 3 de setembro de 2013

FATORES QUE AFETAM A CRIOSCOPIA DO LEITE


Com a alteração da Instrução Normativa 51 para a IN62, incluíram-se novos parâmetros para crioscopia no leite, estabelecendo valores mínimos de – 0,550°H e  valores máximos de – 0,530°H.

A composição do leite é diretamente afetada/influenciada pelos parâmetros nutricionais aplicados nas propriedades leiteiras. Neste contexto, trabalhos científicos têm demonstrado a influência dos teores de uréia no leite como indicadores de um desequilíbrio nutricional da dieta total dos animais. O teor de uréia no leite é usado para avaliar a adequação da nutrição protéica da dieta de vacas leiteiras. Já o teor de proteína do leite fornece informações sobre o aproveitamento da energia da dieta consumida pelo animal. Os resultados dos estudos indicam que a crioscopia do leite tende a ser menor (mais negativa) para aqueles animais onde o teor de proteína do leite e/ou de uréia são maiores.

Devido ao fato de tais problemas impactarem de maneira direta no rendimento econômico e zootécnico para o produtor e no descarte de leite para a indústria é imprescindível que se realize de uma analise mais complexa da situação, levando em conta outros fatores importantes para o contexto e não somente os citados acima.

Ao se deparar com uma situação como esta é importante certificar-se que o problema é efetivamente de ordem nutricional (nos amimais).  Nas vezes em que uma situação destas for observada é necessário realizar uma avaliação criteriosa da situação, buscando identificar alterações no manejo, mudanças climáticas que por sua vez podem ocasionar alterações na alimentação e outras particularidades observadas que podem ser determinantes para a identificação da causa do problema.

Deste modo, a correta nutrição (dieta balanceada), no sentido de aumentar a eficiência produtiva e econômica, deve ser objetivo constante do produtor de leite.

sábado, 3 de agosto de 2013

FATORES QUE AFETAM A GORDURA DO LEITE

As mudanças climáticas que vêm ocorrendo nos últimos dias estão afetando a qualidade das forragens de inverno, acarretando em queda no fornecimento de nutrientes e redução da digestibilidade das forragens, em consequência da baixa qualidade da fibra fornecida na alimentação.
Foto: Veterinário Maílson Poczynek (Guarapuava/PR)
Com a redução na quantidade de fibra efetiva das pastagens (aveia e azevém em ciclo adiantado), o produtor tende a aumentar o fornecimento de carboidratos prontamente disponíveis na dieta (silagem de milho/ração), fornecendo aos animais dietas com baixa proporção de forragem e alta proporção de grãos. Quando a silagem de milho é incluída na dieta, substitui-se uma fonte de fibra longa (forragens) para uma fibra demasiadamente picada, reduzindo assim a capacidade da fibra em manter a atividade ruminal do rúmen. 
Este fato provoca a redução da produção de leite e queda na síntese de gordura do leite, podendo inclusive, em casos extremos, ocasionar condenações de leite quando o resultado do tanque/caminhão for menor do que determina a legislação (3% de gordura).
Portanto, a síntese de gordura do leite na glândula mamária responde diretamente a alterações no padrão de fermentação ruminal. A fibra é o componente da dieta que mais afeta a manutenção da gordura no leite e, com a redução na qualidade das forragens, deve-se estar atento ao balanço de fibra na dieta total das vacas lactantes.
Nesse contexto, recomenda-se ficar atento aos resultados de gordura do leite, principalmente entre os maiores produtores, onde se verifica a situação acima.

ALGUMAS DICAS/SUGESTÕES:

1.       A dieta deve ser balanceada com frequência .

2.       Forneça fonte de fibra longa aos animais (Feno de alta qualidade).

3.       Forneça tamponante aos animais.

4.       Maximize o fornecimento de forragens de alta qualidade.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

GRANJA ORTIZ SEDIOU EVENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO LEITEIRA

A localidade de Rincão dos Maciel, localizada no município de Pirapó/RS, esteve movimentada no dia 22 de agosto. Com o objetivo de mostrar a viabilidade da atividade leiteira na região, mais de 1.000 pessoas participaram do dia de campo realizado na Granja Ortiz, entre elas, produtores de leite de varias regiões do Brasil, estudantes, profissionais do setor leiteiro e pesquisadores da área.
 
Imagem 1. Evento reuniu interessados de todo o Brasil
 
A Granja Ortiz, cujo principal produto final é o leite (52.400/litros/mês), recebe capacitação continuada de diversos especialistas do projeto PISA (Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Microbacias Hidrográficas), numa parceria do Sebrae, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal do Paraná.
 
Os resultados obtidos até agora servem de exemplo para as demais propriedades rurais. Inserida numa região característica de área com gado de corte, a propriedade logo se destaca pelo contraste de suas pastagens bem manejadas em relação às áreas de campo, predominante na região.
 
Assistido desde 2007, a imagem 2 (abaixo) mostra os resultados do trabalho em conjunto entre a família e os técnicos que assistem a propriedade:
 
Imagem 2. Gráficos de produção de leite por área e custo operacional de produção.
 
Na imagem 2, percebe-se que a produção de leite por hectare em 2012 triplicou em relação a 2008, quando esta era de 4.258 litros de leite por hectare, isso foi possível aplicando o conceito de manejo da pastagem do programa, controlando a altura de entrada e saída das vacas dos piquetes, sem rapar o pasto, deixando assim sempre uma boa proporção de folhas pós-pastejo, o que significa:

  • Maior atividade fotossintética da planta = rebrota mais rápida;
  • Maior massa de raízes;
  • Maior proteção e retenção de umidade no solo;
  • Maior incorporação de matéria orgânica ao sistema;
  • Maior ciclagem de nutrientes no sistema;
  • Otimização da adubação e redução de custos no médio prazo.
Por falar em custo, o gráfico da imagem 3 mostra a redução do custo operacional de produção no período, devido a intensificação da área de pastagens, redução no uso de concentrado e no teor de proteína do concentrado, como mostra a imagem abaixo:
 
Imagem 3. Gráficos de oferta de ração concentrada e teor de proteína bruta.
 
Além da redução no uso da ração concentrada, também foi possível reduzir o teor de proteína bruta da ração fornecida, pois sabe-se que a pastagem bem manejada e adubada garante teor alto de proteína bruta na dieta total das vacas em lactação.
 
Assim percebe-se que a melhoria das pastagens e o respectivo ajuste na dieta permitem redução no custo de produção de leite, aumentando a rentabilidade da atividade e constituindo um caminho sólido para a manutenção de propriedades rurais viáveis no ponto de vista produtivo, econômico, social e ambiental.
 
 Imagem 4. Os Participantes do evento durante visita para conhecer o sistema de Produção.
 
Outras Fotos da granja/evento:
 
 
 
 
Fotos: Calisto Pauli e Granja Ortiz.
Informações e números da Granja: PISA.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

QUAL É O CUSTO DA QUALIDADE DO LEITE?

O setor leiteiro vem sofrendo grandes alterações nos últimos anos, dentre as mudanças, a que mais se destaca é a mudança no sistema de pagamento do leite comercializado. Até então, o pagamento fora composto por um único item: o volume comercializado, porém, nos últimos anos o volume vem perdendo espaço na composição do preço de leite e a qualidade representa a realidade dos sistemas de pagamento de leite.

Diante deste cenário, os produtores buscam informações/tecnologias a fim de garantir a melhoria da qualidade e as dúvidas que surgem são as seguintes: Quanto custa produzir leite de qualidade? Qual o retorno financeiro?

Para obter o custo da qualidade do leite, deve-se somar os valores gastos com produtos necessários para se atingir os padrões ideais de qualidade no leite. Uma vez que cada propriedade utiliza esses recursos de maneira diferente, não existe um consenso em relação a participação desses produtos no custo total de produção. A quantidade de pré-dipping, pós-dipping e papel toalha que se gasta com uma vaca de 10 litros/dia, por exemplo, é a mesma quantidade utilizada com uma vaca de 20 litros/dia, porém, o custo destes produtos por litro de leite produzido é o dodro na vaca de 10 litros em relação a vaca de 20 litros. Exemplo este que também pode ser aplicado à um equipamento de ordenha de 4 conjuntos, onde em manutenção e produtos de limpeza são gastos em torno de R$ 200,00/mês. Se este equipamento ordenhar mensalmente 10.000 litros de leite, o custo será de 2 centavos por litro de leite produzido, porém se este mesmo equipamento ordenhar mensalmente 15.000 litros de leite,o custo cai para 1,5 centavos/litro de leite. Percebe-se então que a participação de alguns itens variam de acordo com a eficiência com que cada propriedade utiliza os recursos em seu  processo produtivo.

Segundo dados do ProLeite da BRF no Rio Grande do Sul, obtidos em propriedades com acompanhamento técnico, o custo do item material de ordenha tem girado entre 1,5 e 2 centavos por litro de leite, o que representa em média de 3% a 5% do custo operacional efetivo de produção.

Na tabela abaixo é apresentado os valor gastos ao mês e por litro de leite produzido com material de ordenha numa propriedade com 35 vacas lactantes, produzindo 20.000 litros de leite/mês e com um equipamento de ordenha canalizado com 4 conjuntos.

No gráfico abaixo é possível ver que o item de maior relevância é o detergente alcalino (utilizado diariamente), seguido da manutenção do equipamento (item que compreende a troca de teteiras, mangueiras e reparos de rotina no equipamento) e perfazendo um total de R$ 298,67 gasto ao mensalmente, assim é possível afirmar que o custo da qualidade nessa situação é de 1,5 centavos por litro de leite produzido.


Tendo o custo da qualidade é possível calcular o retorno financeiro esperado com base nos parâmetros dos sistemas de pagamento por qualidade. Com manejo adequado de ordenha aliado ao bom resfriamento do leite é possível produzir leite com alto padrão de qualidade (CBT = 50.000 e CCS = 400.000), o que garante, respectivamente, em média 3 e 1,5 centavos de bonificação. Isso significa um incremento na renda bruta de R$ 900,00/mês (4,5 centavos x 20.000 litros de leite).

Sendo assim, com um investimento mensal em qualidade do leite de R$ 298,67 e com uma bonificação de R$ 900,00, tem se um retorno financeiro de R$ 601,33 o que representa 200 % sobre o valor investido. Caso o produtor maximize o uso desses recursos e baixe a CBT para 20.000 e a CCS para 200.000 o ganho passa para mais de R$ 1.100,00 por mês referente a bonificação por qualidade.

Investimentos realizados afim de melhorar a qualidade do leite são fundamentais para permanência dos produtores na atividade, tornando-os mais competitivos através do fornecimento de matéria prima de qualidade, atendo a legislação vigente e tendo a oportunidade de receber um preço diferenciado.

Por: Rodrigo Zambon e Alencar Schneider.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ALTERAÇÃO NO ÍNDICE CRIOSCÓPICO, FRAUDE OU NÃO ?


O índice crioscópico é a medida do ponto de congelamento do leite, o teste de crioscopia é utilizado em vários países do mundo, é um teste de alta precisão, a variação fica na casa de 0,02 ºH para mais ou para menos. A IN 62 estabelece que o índice crioscópico deva estar entre -0,530 Hº e -0,550 Hº (equivalentes a -0,512 ºC e -0,531ºC). Esse teste é realizado na recepção de leite para identificação de fraudes causadas pela adição de água e serve como prova para a condenação do leite. Porém, nem sempre isso é real, existem vários outros fatores que podem interferir no índice crioscópico do leite, tais como, falhas na drenagem do equipamento de ordenha, genética, disponibilidade de alimentos, estagio de lactação, fatores climáticos e nutricionais, entre outros. Esses fatores podem agir isoladamente ou associados e o índice crioscópico pode apresentar alterações.

Alem da adição de água, responsável por aumentar o índice crioscópico do leite (mais próximo de zero), quando ocorre o aumento de substâncias dissolvidas no leite, ou no caso de acidificação ou adição de substâncias reconstituintes e/ou solutos, a tendência é de se alterar o ponto de congelamento do mesmo, abaixando o seu valor (isto é, afastando de 0ºC), no caso da acidificação do leite o acido lático produzido pela fermentação também tem efeito osmótico, por isso pode reduzir (ficar mais negativo) a crioscopia do leite.
Foto 1. Crioscópico Eletrônico

Descartando a possibilidade de fraudes, devemos atentar para os seguintes fatores:

Fatores genéticos podem interferir no índice crioscópico, já que algumas raças têm maior teor de sólidos do que outras é o caso da raça Jersey em relação à raça holandês. O clima e a época do ano podem alterar produção de forragens reduzindo a quantidade de energia disponível na alimentação, consequentemente provoca a redução da lactose do leite que é um regulador da pressão osmótica do volume de leite e é responsável por 50% da depressão do ponto de congelamento do leite. A lactose, cloro, citrato e ácido lático são responsáveis por aproximadamente 80% do total da depressão do ponto de congelamento. Em um estudo finlandês, pesquisadores encontraram que o ponto médio de congelamento de amostras de leite com menos de 4,7% de lactose foi -0,537 °C e com mais de 4,8% de lactose foi de -0,544 °C.

A ingestão elevada de água logo antes da ordenha pode resultar em diminuição pronunciada da pressão osmótica do sangue e, consequentemente do leite, o que leva a elevação do índice crioscópico. Outros estudos mostram que tem tendência de aumentar do índice crioscópico em condições de elevadas temperaturas, fato que induz ao desconforto animal e modificações fisiológicas que não serão abordadas aqui.
Dietas de baixa qualidade e/ou desbalanceadas também influenciam no ponto de congelamento do leite. Amostras de leite coletadas individualmente de vacas lactantes com esse problema apresentam crioscopia menor que -0,500 Hº

Segue abaixo algumas recomendações para resolver esses problemas:
      Identificar quais os animais com problema (amostragem individual).
  Fazer um correto balanceamento da dieta, energia x proteína e volumoso x concentrado.
   No caso dos minerais é importante aumentar o teor de Potássio, Sódio, Magnésio sem aumentar o Cloro. Revisar com um nutricionista a mineralização dos animais, reforçar a quantidade de minerais para as vacas fazendo a ingestão forçada.

Por: Rodrigo Zambon.
Foto: PZL Tecnologia.

domingo, 27 de maio de 2012

SILAGEM DE MILHO


Em propriedades leiteiras, a ensilagem de milho para fornecimento de alimento aos animais durante o período de escassez (entressafra de pastagens) é uma pratica adotada há muito tempo que visa manter o escorre de condição corporal dos animais (ECC) e evitar a queda brusca de produção das vacas em lactação, porém nos últimos anos, a silagem de milho é um alimento presente na alimentação das vacas no ano inteiro, ou seja, este é um alimento importante na composição da dieta das vacas.

Tendo em vista a importância da mesma na alimentação dos rebanhos de leite, alguns pontos devem ser observados para garantir a qualidade do alimento.

ESCOLHA DO HÍBRIDO
É o primeiro passo para garantir a qualidade da silagem. Para isso deve se buscar híbridos próprios para silagem, num geral, estes possuem menor participação de fibras, maiores produção de grãos e maior digestibilidade.

PONTO DE CORTE
O ponto ideal de corte é quando a planta acumula a maior quantidade de Matéria Seca (MS) de melhor qualidade nutricional, em geral, esse momento é quando a planta apresenta o teor de MS entre 32 e 37%. Na pratica isto é identificado no momento em que os grãos estão no estádio farináceo duro (50% da linha de leite).

TAMANHO DE PARTÍCULAS
O tamanho ideal de corte da partícula é de 0,5 a 1,5 cm, isso facilita a compactação e a redução de ar no silo torna-se mais rápida.

ABRINDO O SILO
O processo de fermentação da silagem depende da compactação do silo. Quando esta etapa é bem realizada, o silo pode ser aberto em 21 dias após o seu fechamento, geralmente espera-se pelo menos 30 dias.

QUALIDADE DA SILAGEM
No campo, uma boa silagem tem cheiro agradável e levemente ácido cor clara (verde e amarelada ou bege), textura firme (não molha quando comprimida na mão) e rica em grãos. O ideal, sempre que se abrir o silo, é realizar uma analise bromatológica para ter o conhecimento da qualidade nutricional do produto.

INTERPRETANDO UMA ANÁLISE BROMATOLÓGICA
Matéria Seca: é o peso total da silagem, descontada toda a umidade (água).  Na matéria seca estão contidos os nutrientes que as vacas irão transformar em leite. O ideal é que esteja entre 32 e 37%.
Fibras: existem duas frações que devem ser analisadas:
a)       FDN (Fibra em Detergente Neutro): os valores considerados ideais devem ficar entre 45 e 52 % da MS. Como os grãos tem pouca fibra, valores abaixo, indicam silagem com muito grão e valores acima de 52 indicam pouco grão na silagem.
b)       FDA (Fibra em Detergente Ácido): indica a porção de fibra de baixa qualidade que esta diretamente relacionada com a menor digestibilidade da silagem.
 NDT (Nutrientes Digestíveis Totais): quanto mais alto melhor. Valores acima de 68% já podem ser considerados elevados para silagem.
PB (Proteína Bruta): os valores de proteína da silagem podem variar de 5 a 10%. A proteína não deve ser o principal item na avaliação da qualidade da silagem, pois metade da proteína, devido ao processo de fermentação é convertida em nitrogênio não proteico (NNP), ou seja, de baixa qualidade.

CUSTOS DE PRODUÇÃO
O custo de produção da silagem esta relacionado com a quantidade de matéria seca produzida. A maneira mais eficiente de produzir silagem de milho com menor custo é investir em lavouras de alta produtividade, ou seja, a maior produção de MS e matéria verde por hectare diminui o custo da tonelada do produto ensilado. De maneira geral, o custo da tonelada de MS/ha produzida tem girado entre R$ 180,00 a 270,00, e, em massa verde isso representa entre R$ 55,00 e 85,00 a tonelada/ha. Segundo dados do BALDE CHEIO/PROLEITE.

Foto: Ensilagem de milho em Augusto Pestana (Alencar Schneider).

segunda-feira, 21 de maio de 2012

BALDE CHEIO: TÉCNICOS DA BRF REALIZAM TROCA DE EXPERIÊNCIAS

No intuito de promover o fomento a propriedades leiteiras no RS, a BRF Brasil Foods S.A vem, por intermédio da Cooperideal (Cooperativa para a Inovação e Desenvolvimento da Atividade Leiteira); desenvolvendo o Projeto Balde Cheio, projeto esse que tem por finalidade levar até as propriedades assistidas, tecnologias que possibilitem aos produtores maior renda/lucro com menores custos.
Com essa proposta, os técnicos da empresa acompanham as visitas feitas pela Cooperideal e, após treinados, passam a multiplicar esses conhecimentos e tecnologias em outras propriedades, a fim de fidelizar produtores e auxiliá-los nas tomadas de decisões dentro de suas unidades de produção.
No dia de hoje (21); como parte deste treinamento e sob a coordenação de Moisés Araújo, os técnicos da empresa estiveram visitando a propriedade do Sr. Jeferson/Isolde Berti, na localidade Esquina Bela Vista, Três de Maio. Conhecer as praticas de manejo que o mesmo adota em sua propriedade, bem como seus respectivos indicadores (econômicos e zootécnicos); fora um dos objetivos da visita.
Foto 1: Equipe Técnica durante a tarde de campo com o produtor.

Num primeiro momento, o técnico Anderson Danette explanou os resultados atingidos nos últimos 12 meses na atividade leiteira. Dentre eles, o que mais chama a atenção é o baixo custo de produção (em torno de 0,18 centavos por litro, sendo que o custo médio das propriedades assistidas e com produção semelhante gira em torno de 0,32 a 0,36 centavos). Tal indicador se deve ao fato do produtor em questão não fornecer alimentos concentrados aos animais lactantes, oferecendo apenas alimentos volumosos de alta qualidade, provindos de uma área de 12 hectares utilizados para a produção leiteira. Tal área recebe com freqüência dejetos de suínos produzidos na propriedade, o que permite uma produtividade da terra superior a 10.000 litros de leite/há/ano, índice este que por sua vez é considerado satisfatório mediante ao sistema adotado.
Foto 2: Técnico Anderson Danette apresentando os indicadores da propriedade.

      Atualmente a propriedade produz em torno de 410 litros de leite/dia, obtidos da ordenha de 28 vacas em lactação alimentadas exclusivamente com pastagem/silagem de aveia e minerais.
Foto 3: Pastagem de aveia em sistema de pastejo rotacionado.

Durante a visita, Berti salientou a importância da assistência técnica para permanência do produtor na atividade e garantir a qualidade de vida no campo. Ele relata que por meio do programa balde cheio, passou a realizar anotações e controlar suas despesas/receitas, bem como a tomar decisões baseadas nos indicadores atingidos, realidade esta que ate então não era observada.
Foto 4: Técnico Gilson Gerlach mostra o alto potencial da aveia bem adubada.

Percebe-se, segundo o depoimento, que o programa fora, sem duvida alguma, fundamental para a evolução e ao mesmo tempo satisfação dos envolvidos para com a atividade. Fica explicita pela parte do produtor a vontade em continuar a receber o acompanhamento e, para os técnicos, a necessidade/motivação em absorver e aperfeiçoar cada vez mais conhecimentos, convertendo-os em resultados, crescimento profissional e fidelização.

Mais fotos da tarde de campo:
Fotos: Clécio Capeletti.