Com a alteração da Instrução Normativa 51
para a IN62, incluíram-se novos parâmetros para crioscopia no leite, estabelecendo
valores mínimos de – 0,550°H e valores
máximos de – 0,530°H.
A composição do leite é diretamente
afetada/influenciada pelos parâmetros nutricionais aplicados nas propriedades
leiteiras. Neste contexto, trabalhos científicos têm demonstrado a influência
dos teores de uréia no leite como indicadores de um desequilíbrio nutricional
da dieta total dos animais. O teor de uréia no leite é usado para avaliar a
adequação da nutrição protéica da dieta de vacas leiteiras. Já o teor de
proteína do leite fornece informações sobre o aproveitamento da energia da
dieta consumida pelo animal. Os resultados dos estudos indicam que a crioscopia
do leite tende a ser menor (mais negativa) para aqueles animais onde o teor de
proteína do leite e/ou de uréia são maiores.
Devido ao fato de tais problemas impactarem
de maneira direta no rendimento econômico e zootécnico para o produtor e no
descarte de leite para a indústria é imprescindível que se realize de uma
analise mais complexa da situação, levando em conta outros fatores importantes
para o contexto e não somente os citados acima.
Ao se deparar com uma situação como esta é
importante certificar-se que o problema é efetivamente de ordem nutricional
(nos amimais). Nas vezes em que uma
situação destas for observada é necessário realizar uma avaliação
criteriosa da situação, buscando identificar alterações no manejo, mudanças
climáticas que por sua vez podem ocasionar alterações na alimentação e outras
particularidades observadas que podem ser determinantes para a identificação da
causa do problema.
Deste modo, a correta
nutrição (dieta balanceada), no sentido de aumentar a eficiência produtiva e
econômica, deve ser objetivo constante do produtor de leite.