As mudanças climáticas que vêm
ocorrendo nos últimos dias estão afetando a qualidade das forragens de inverno,
acarretando em queda no fornecimento de nutrientes e redução da digestibilidade
das forragens, em consequência da baixa qualidade da fibra fornecida na
alimentação.
Foto: Veterinário Maílson Poczynek (Guarapuava/PR)
Com a redução na quantidade de
fibra efetiva das pastagens (aveia e azevém em ciclo adiantado), o produtor
tende a aumentar o fornecimento de carboidratos prontamente disponíveis na
dieta (silagem de milho/ração), fornecendo aos animais dietas com baixa
proporção de forragem e alta proporção de grãos. Quando a silagem de milho é
incluída na dieta, substitui-se uma fonte de fibra longa (forragens) para uma
fibra demasiadamente picada, reduzindo assim a capacidade da fibra em manter a
atividade ruminal do rúmen.
Este fato provoca a redução da
produção de leite e queda na síntese de gordura do leite, podendo inclusive, em
casos extremos, ocasionar condenações de leite quando o resultado do
tanque/caminhão for menor do que determina a legislação (3% de gordura).
Portanto, a síntese de gordura do
leite na glândula mamária responde diretamente a alterações no padrão de
fermentação ruminal. A fibra é o componente da dieta que mais afeta a
manutenção da gordura no leite e, com a redução na qualidade das forragens,
deve-se estar atento ao balanço de fibra na dieta total das vacas lactantes.
Nesse contexto, recomenda-se
ficar atento aos resultados de gordura do leite, principalmente entre os
maiores produtores, onde se verifica a situação acima.
ALGUMAS DICAS/SUGESTÕES:
1. A dieta deve ser balanceada com frequência .
2. Forneça
fonte de fibra longa aos animais (Feno de alta qualidade).
3. Forneça
tamponante aos animais.
4. Maximize
o fornecimento de forragens de alta qualidade.